terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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"Não há castigo infinito. Não há dor infinita. Um dia a gente termina para começar, começa para terminar, refaz o percurso como se nada tivesse acontecido antes. "
(Carpinejar)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Ozzy Osbourne

"Normalmente eu odeio o Natal. Quer dizer, quando se é alcoólatra e está bebendo, o Natal é a melhor coisa do mundo. Mas se não está bebendo, é uma merda de uma agonia. E odeio ter que comprar presentes para todos. Não porque sou mão de vaca - só porque é obrigatório. Tudo sempre me pareceu uma bosta."

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pura verdade

"A lembrança é o único inferno ao qual fomos condenados em inocência."

sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu sou Alice

"é amor o que existe dentro de mim. Comecei sendo ousada demais, queria amor demais, e acreditei que tudo tinha sido culpa minha, causa de tudo que aconteceu depois..."

Continuo a frase que a autora de Eu sou Alice começou a escrever e fez com que eu me identificasse tanto. Pois parece que é de mim que ela fala. Alguém que começou ousada demais, com uma sede de liberdade constante; E que hoje, depois de ter passado por tantas coisas, mudou um pouco as atitudes, a cabeça, o coração. Admito, eu ainda acredito que seja culpa minha. Até o que parece estar além do meu alcance. Tem de ser culpa minha. Pois se não, por que aconteceria logo comigo? Por que não com outro alguém? E ao mesmo tempo me sinto tão egoísta de pensar assim. O que de tão grave me trouxe essa insegurança, essa desilusão? Às vezes o que aconteceu me parece tão banal. Tão pouco. E outras vezes parece tanto, uma verdadeira destruição de tudo em que eu acreditava. Por isso acho que o erro foi meu; em ser sincera, em acreditar; em pensar demais e agir como se pensasse de menos. Já não sei o que pesa mais, o perdão que eu ainda não dei, a raiva, o desprezo por pessoas tão mesquinhas e egoístas que eu ainda custo a acreditar que tudo que aconteceu seja verdade. A incerteza, o não saber se o que foi realmente alguma vez foi sincero. E esses pensamentos desconexos não saem... Li uma vez que nós escolhemos as lembranças que queremos guardar. Não acho que seja verdade. Do contrário eu não me atormentaria tanto tentando entender. Simplesmente, esqueceria.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

de novo

um mês e 15 dias.
Contando assim parece pouco, mas os dias se tornaram tão absurdamente longos sem você. Sem querer me pego pensando em você, em nós, em tudo que aconteceu e que poderia ter acontecido, na decepçao que sofri. De novo, de novo e de novo. Não passa nunca...
E ao mesmo tempo você não merece nem uma lembrança de carinho. Pra quê? Se elas foram envenenadas pelo seu próprio criador. Melhor não lembrar. Mas será que consigo simplesmente fechar tudo em uma caixinha e deixar para examinar depois? Seria tão simples. Enterrar tudo. Os momentos bons, os ruins; as sensações, a confiança, a perda dela. E só abrir daqui a muito, muito tempo.
Parece que você conseguiu fazer isso. Tão rápido, tão fácil. O que só confirma que na sua vida fui só uma substituta. Uma pena, pois enquanto você preferia outra, eu não queria estar com mais ninguém a não ser você. Eu não me vejo com mais ninguém a não ser você.

domingo, 7 de novembro de 2010

e não passa nunca...

"Fico cabisbaixo, sem vida e me dou por vencido, deixo você fazer a festa em minhas memórias. No entanto sobra um gosto revoltado pois a vida não pode ser só isso, deve ser plena, ampla, setembro sempre entrando. Acho desastroso quando fazemos da existência uma novelinha encantada. Detesto lamúrias-auto-cêntricas. Viver está mais pra ser grandioso, deve ultrapassar nossa própria imensidão, precisa ter algo que vá além da gente.

E eis-me aqui, sendo aquilo que eu mais desprezo. Entrego-me a essa autoflagelação e dou a luz a uma imensa pena de mim mesmo, alimentando as pequenas dorzinhas e pra quê? Puro narcisismo. Pura e doce mel-ancolia. Só que dentro de minha confusão, a ternura não cede, invade-me de novo. Tenho um olho atravessado pelo detalhe do sublime.

Tenho repetido que, no que depender de mim, sempre existirá doçura para ti.
Sinto saudade é claro, principalmente das pequenas coisas, aquelas que só temos consciência da grandeza e da importância depois de vividas. Coisas simples como te encontrar e perguntar como foi o seu dia ou se podemos levar peixes dourados para terras distantes. Queria te dizer coisas simples e bonitas, coisas que te mostrassem o quanto você continua importante, o quanto te guardo com carinho em muito de meus dias, coisas desse tipo, que talvez você compreenda como um abraço, ou talvez como uma mentira. Tanto faz.

Nada me toca e nada me define. Fico nesse espaço do não pertencer e apenas me sinto em casa em alguma lembrança onde você esteja fazendo descontrolada uma imensurável desordem com pequenos movimentos que me dá conforto, que me traz esse aconchego que não me lembro muito bem se é uma invenção de meu desejo ou uma proteção contra essa vida que hoje tenho com quinas por todos os lados. Sem você, acabei assim, num quarto cheio de coisas espalhadas pelo chão, uma parede descascando, onde tudo que me toca também me machuca. Às vezes acho que não poderei agüentar e sinto uma vontade afogada de entrar na primeira coisa que se move e me deixar levar para sempre. (...)
Tenho uma saudade louca, dessas que parecem que terminamos apenas ontem. Vontade louca de te buscar e estender meus braços dizendo está tudo bem."

do blog: http://vemcaluisa.blogspot.com/

terça-feira, 2 de novembro de 2010

raiva

Só espero que um dia você se liberte dessa vida de ilusão e perceba que tudo tem seu tempo. Muito fácil ser nostálgico só das coisas boas... Queria que pensasse em tudo, nos seus erros do passado e nos momentos ruins que você fez questão de esquecer. Queria que um dia você percebesse o quanto foi desleal a mim. O quanto me decepcionou. Não acredito ainda que fui tão dócil com você, sabia? Você não merecia, você não me merecia. Você não me merece. Vai, sai da minha vida. Quero fingir que nunca perdi meu tempo com você. Fingir que as coisas que você me ensinou eu aprendi sozinha. Fingir que nunca chorei por ti. Que você foi tão insignificante que nunca nem sequer me fez sofrer. Só fingir; pois ambos sabemos que eu doei mais que meu tempo a você, doei meu carinho, minha dedicação, meus segredos. Doei o que tinha de melhor em mim: minha confiança, minha lealdade, por que não dizer meu amor? Sem querer acho que acabei te amando. Olha aí, que confusão. Seria o justo você ter significado tão pouco pra mim quanto eu signifiquei pra você. Mas a vida não é justa. E aí? O que eu posso fazer agora? Já cansei de sentir sua falta, de falar de você, de querer saber como anda sua vida e se você ainda pensa em mim. Bato palmas, meu querido. Você conseguiu me fazer de perfeita idiota. Pra quê? Foi divertido pra você? A palhaça aqui vai saindo de cena... Arranje outra pro seu circo. Outra que caia na mesma armadilha que eu. Continue essa pessoa triste que você é. Eu não quero ligar mais. E um dia espero poder dizer: já te superei.

domingo, 31 de outubro de 2010

desabafo.

E eu chorei por dias e dias, pensei que o mundo tinha acabado, e não estava de todo errada. Nosso mundo, aquele que mal e mal construimos com o tempo, os carinhos, as brigas, os desentendimentos, os olhares, os beijos, os cheiros, os abraços; esse mundo tinha ruído. Na verdade, há muito ele estava acabando aos poucos, mas eu sem saber me agarrava a seus últimos resquícios. E quando me dei conta, tinha me tornado passível, dependente. Tinha parado de me importar, de cuidar; já não acordava e pensava "estou com você porque quero", tinha virado rotina, obrigação, contrato. E que espécie de relacionamento seria esse? Conquistei enfim minha liberdade, para descobrir que não era isso que eu queria. E aí, sem poder fazer mais nada, eu chorei. Chorei porque queria de volta poder estar nos seus braços, sem fazer mais nada, só estar ali. Queria poder te contar o meu dia, dividir contigo as coisas mais bestas. Queria voltar a dormir do teu lado, e rir das suas piadas sem graça. E deixar teu olhar me perscrutar e descobrir meus segredos. E sentir que você me conhecia muito mais do que eu achava.
Mas depois percebi que estava sendo dramática, feito você mesmo disse. Percebi que por mais que eu sentisse sua falta, não adiantava insistir no que não estava dando certo. Não adiantava querer consertar algo que você nem sabia que estava errado. Percebi que era isso. Fim. E aí, passou. Passou a tristeza, o choro. Ficou só a saudade. E a pergunta que eu ainda busco resposta: se a gente se gostava tanto, por que insistia em se maltratar?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Crônica do amor

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa."

(Arnaldo Jabor)

Ufa, tá explicado porque eu tô sofrendo tanto por você, seu idiota! :)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

FIM

Momentos.
Carinhos.
Brigas.
Abraços.
Lembranças.
Dúvidas.
Planos.
Frustrações.
Raiva.
Decepções.
Dor.
Saudade.
Tristeza.
Choro.
Ansiedade.
Ausência.
Perda.

E acima de tudo, esse silêncio....

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Relacionamento

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- 'Ah,terminei o namoro...'
- 'Nossa,quanto tempo?'
- 'Cinco anos...Mas não deu certo...acabou'
- 'É não deu...?'

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. ..

Acho que o beijo é importante.. .e se o beijo bate...se joga...senão bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.

Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

Arnaldo Jabor

terça-feira, 12 de outubro de 2010

"Ela sorria quando ele fazia algum comentário divertido, e ele aprendeu a fazer comentários divertidos só para vê-la sorrir. Aquilo era tolo, prosaico e sincero. E ele voltava, todos os dias, como um cinéfilo obcecado indo assistir versões diárias de seu filme favorito".
(Azul-corvo, Adriana Lisboa)


Perco tanto tempo pensando nos problemas que esqueço as coisas boas; esqueço o que me faz ter vontade estar com você, o porquê de ainda insistir nessa ideia insana do nosso relacionamento. Esqueço como você se mostra feliz ao meu lado, em como sempre tenta me fazer sorrir. Esqueço como se preocupa quando eu estou chateada, ou como perde a paciência para recuperá-la alguns minutos depois. Sempre esqueço que ainda sou seu filme favorito...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desconexo

Um olhar, um abraço... Palavras vazias de um significado que antes parecia tão verdadeiro... Mas o que é verdadeiro? O que define os sentimentos? Como tomar uma decisão quando se está tão perigosamente no meio de tudo? Como ser tão egoísta a ponto de querer projetar a felicidade na pessoa alheia, e pensar que sua decisão só afeta a você mesmo?

Apesar de tudo, esqueci que lidava com outro ser humano, tão complexo e passageiro quanto eu. Se a vida é tão breve, por que insistimos tanto em nos preocupar com o futuro? Cometemos o maior erro que podemos, sempre. Ficamos presos ao passado, no 'como foi', e pensamos demasiadamente no futuro, como se tentar planejar algo adiantasse... Será que nunca vamos aprender que pensar muito enlouquece?

Peço para você me entender, mas como exijo tal coisa, se nem eu mesmo me entendo?

domingo, 12 de setembro de 2010

Waiting

- Então a gente se fala mais tarde, te ligo depois. Beijo!
- Tá certo.. beijo.

20 min. Meia hora. Uma hora. Prova amanhã, preciso estudar. Uma hora e quarenta e cinco. Limite de f(x,y) quando (x,y) tende a (0,0)... Por que ele ainda não ligou? Concentre-se, f(x,y) = g(r, t) com x=r.sent e y= ... será que ele mandou mensagem? Não, nada. Três horas. Mando mensagem? Não, que nada a ver, nós acabamos, não sou mais namorada dele. Que estranho acabar o namoro e continuar se falando desse jeito, mas será que acabou pra sempre mesmo? Essa situação tá me deixando louca, tenho que ter certeza do que eu quero mas... Não pense nisso, não pense! Voltando à prova... Quatro horas... Quatro horas e vinte... Mensagem!!!! Ah, não é dele. Estudar, estudar, preciso estudar. Cinco horas. Aposto que tá passando jogo de futebol, e ele só vai ligar depois do jogo. Vou ligar a tv... Acertei. Por que todo domingo tem que ter jogo? Enfim, pelo gráfico de f(x,y) dá pra ver que as curvas de nível são elipses, daí a gente sabe que... Seis horas. Fim do jogo, jaja ele aparece.

-Oi linda, desculpa a demora...
-Nada, diz aí.

(Que ódio, perdi meu dia todo esperando ele ligar!)

Postsecret

Insisto em pensar na possibilidade de levar adiante um relacionamento que não tem futuro, mesmo sabendo que não é o melhor a se fazer. Tenho medo de me acostumar ao sentimento de estar com a pessoa errada e passar muito tempo sendo infeliz. Mas quando passo algumas horas sem ter notícias suas acabo me convencendo que o que eu sinto quando você está por perto supera TODO o resto.


I can survive alone.
But I can't live without you.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Contradições



Quando perto, te quero longe.

Quero estar longe do teu pensamento meio machista, longe do teu olhar distante quando eu reclamo de algo, aquele olhar que transforma um comentário em uma briga desnecessária. Longe da tua falta de diálogo, e do teu vício em televisão, que talvez sirva apenas para preencher o silêncio incômodo. Longe da sua incapacidade em se abrir, em dizer o que sente. Bem longe da sua insistência em querer se ater apenas aos fatos, sem perceber que a vida não é feita de fatos, meu amor, mas sim da sua percepção sobre eles. Talvez por isso seja tão difícil nos entendermos, não é? Eu nunca sei os fatos. E você nunca enxerga além deles. Nunca lê nas entrelinhas. Tão fechado em si mesmo, se nega a ser de outro jeito, é assim e ponto final. Às vezes acho que de tanto viver no mundo dos números e constantes, você começou a pensar que a vida é uma ciência exata. Só seus amigos são amigos de verdade, só os lugares que você freqüenta são bons, só sua opinião é a certa. Por isso não aceita as minhas idéias: ao dizer “você decide” é só para tentar me agradar; e eu falo já sabendo que a sugestão não é bem vinda e daí ou faremos do seu jeito, ou você passará o tempo todo chateado, fingindo que está presente quando sua mente está longe, longe. Tão longe quanto seu romantismo. Por que essa aversão a datas comemorativas, a presentes, a cartões e cartas? Entenda que não é o dinheiro que importa, mas o gesto em si. Das pequenas coisas é que surgem os melhores momentos, e são esses instantes eternos que sustentam uma relação. A nossa? Um atropelo de conversas rápidas no celular, saídas com mil pessoas, conversas com outros, silêncio entre nós. Falta amizade, falta aquele entendimento mútuo que só vem com o tempo. Mas será que nós daremos tempo ao tempo? Meu amor, entenda que eu sou confusa, contraditória, passional, inconseqüente. E você, tão direto, tão simples por fora e tão secretamente complicado por dentro, tão morno; e nós últimos tempos, tão frio. Entenda que nós somos diferentes. Me entenda.



Quando longe, te quero perto.

Perto o suficiente para caber nos meu braços e seu cheiro ficar impregnado em mim. Perto para que possa me chamar de linda e pedir um beijo com aquela expressão que só você tem. Perto pra agüentar minhas mudanças de humor e saber que quanto mais chata eu fico, mas palhaço você deve ser. Quero estar ao alcance das suas mensagenzinhas por celular que fazem meu dia mais feliz e da sua preocupação em saber se estou bem, notando qualquer coisa que deixe meu sorriso um pouco mais triste. Quero estar perto pois eu sei que se eu pedir, você faz. Mesmo sem querer. Tendo em mente que às vezes você erra, mas sempre tenta me fazer feliz. Perto pra te conhecer melhor e tentar te entender. Perto, sempre perto, quando você precisar de um ombro amigo. E eu quero mais. Quero mais tempo nas nossas conversas, mais tempo que passamos juntos, mais calma. Quero aprender a conviver tão intimamente com alguém, e parar com minha mania de encontrar defeito em tudo. Quero aceitar seus defeitos. Embora ache que não consiga, queria poder parar de chorar quando a gente briga, de perder o controle só de pensar em te perder. Você, que apareceu tão de repente, e foi uma coisa tão simples, tão certa, que acabamos por cometer erros que agora nos testam, como se dissessem que cabeças tão diferentes nunca vão entrar em sintonia. Por que deixamos de falar tantas coisas com medo de nos magoar? Não percebemos que um dia tudo voltaria, ferindo ainda mais? Quero seu sorriso de criança de novo, sua espontaneidade nas brincadeiras, seu carinho e tranqüilidade quando estamos juntos. Quero até aqueles trejeitos que às vezes me irritam, mas que me fazem gostar de você ainda mais. Queria saber porque alguma vez não te quis por perto todo instante. Te amo.

sábado, 19 de junho de 2010

Devaneios de desventuras

"Prefiro quem canta sozinho na rua
Prefiro quem imagina
Prefiro quem tem trilha sonora
Prefiro quem não se importa em caminhar na contramão
Quem já tomou um porre, quem já ficou na fossa
Prefiro quem tropeça, quem já caiu e levantou
Prefiro quem já passou vergonha e conseguiu depois ser aplaudido
Prefiro quem troca toda a tecnologia por um bom livro
Quem acha que qualquer lugar é melhor que em frente a TV
Prefiro quem já soube o que é ficar sem grana
Quem sabe o valor do que tem e do que não tem
Prefiro quem se apaixona
Todos os dias, pelas coisas e pelas pessoas
Prefiro quem se apaixona pela vida."

(Roubado do blog: http://devaneiosdedesventuras.blogspot.com/ )

terça-feira, 25 de maio de 2010

"eu te amo"

Saiba que ao dizer isso você deve me amar por completo, sem deixar de lado nenhuma brechinha do meu ser. Tem que me amar quando eu estiver chata, azeda e ranzina ou toda desarrumada. Me amar antes de eu pedir desculpas por ter sido grossa sem querer. Me amar quando eu fizer você passar vergonha na fila do cinema ou quando falar alto demais e ferir as regras da etiqueta. Me amar mesmo quando eu comentar que aquela sua música preferida não me agrada e te mostrar a minha música preferida, que você vai detestar. Deve me amar até quando eu estiver de tpm e quiser ficar sozinha por um tempo, mesmo lhe querendo sempre comigo. Me amar a ponto de saber a hora de ser amigo e dar conselho, mas também a hora de simplesmente rir das besteiras que eu com certeza irei fazer. Tem de dizer que estará ao meu lado pra tudo, selando essa promessa com aquele abraço acolhedor que parece um pedacinho da eternidade. Me amar tanto que entenderá que às vezes eu não vou corresponder às suas expectativas, e esse meu “não” que você tanto odeia não significa má vontade, e sim impossibilidade de fato, e que quase nunca as coisas acontecem como você planejou. É bom entender que às vezes me dar um presente, mesmo uma simples flor, ou pagar a conta do restaurante não é questão de dinheiro, e sim de cortesia e sensibilidade. Saber que por mais diferente que eu seja da minha família, continuo sendo parte dela, e isso nunca mudará. Me amar implica se preocupar se o meu silêncio é cansaço ou tristeza, e se quando eu digo “não estou chateada com você” estou sendo sincera ou querendo apenas evitar uma briga. Me amar enquanto discutimos para depois fazermos as pazes, porque as brigas vez ou outra vão bater na nossa porta, mas que nunca sejam com o intuito fazer o outro sofrer. Me amar principalmente quando eu chorar, independente do motivo, pois é nesse momento que eu mais preciso que alguém me ame de verdade...




Você me ama? Ou será que ama somente a imagem que tem de mim?

domingo, 23 de maio de 2010

"Great minds discuss ideas; Average minds discuss events; Small minds discuss people"

Repito o que um dia disse Eleanor Roosevelt. Estamos certados por mentes tão minúsculas que isso se tornou absolutamente comum. Tornou-se hábito discutir a vida da atriz da novela das oito (eca!), ou o que fulaninha fez no final de semana, ou (minha nossa!) aquele casal estava quase fazendo sexo em público, você viu? São raras as conversas onde se pode falar sobre ideias, ideais, então, quem ainda os tem? Eu mesmo careço de um. Admito, me acostumei ao vazio do dia-a-dia, às decepções do cotidiano, à fome, à miséria, à violência, à essa vida de merda que levamos. Me dizem que nossa geração é conformada. Pois sim! Vimos tudo muito cedo, sem de fato entender nada. Os menos alienados podem até falar um pouco de cada assunto, mas precisamos saber tão pouquinho de cada coisa, que ficamos limitados à superficialidade da pseudo-sabedoria. E tá tudo certo. Nossa filosofia de vida é cartão de crédito e coca-cola. Nossos heróis são os vagabundos do colégio, os espertos, os que sobem na vida atropelando tudo e todos, os que “contornam” as regras; os bonzinhos, coitados, quem os admira? Afinal eles são sempre passados pra trás, não é mesmo? Confundimos inteligência com jogo de cintura, e desprezamos os que ousam ultrapassar essa conversinha besta de todo dia e se interessar por algo um pouco mais. É nossa culpa? Isso eu não posso responder, seria parcial. Volto então à normalidade. E então, alguém viu o último capítulo da novela?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Help!

Help, I need somebody! HELP!

Eu prometo, prometo que vou me tornar responsável e estudar. PROMETO.

Como esses nerds conseguem sempre saber do assunto, afinal? Tem tanta coisa pra se viver, tantas pessoas, tão pouco tempo... Tão pouco tempo!

(postado às 02:15 na vespéra de uma prova cujo assunto se resumia a 20 míseros capítulos)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

wouldn't that be sweet?

"If I could escape...
I would, but first of all let me say: I must apologize for acting, stinking, treating you this way.
If I could be sweet...
I know I've been a real bad girl, I didn't mean for you to get hurt, so ever, we can make it better.

Tell me boy, Now wouldn't that be sweet?"

Redescobri essa música um dia desses, e ela me parece tão apropriada agora..
Talvez nunca tivesse apreciado tanto a máxima de 'você colhe o que você planta' quanto nesse momento. Explico. Hoje, me dei conta que tenho agido de um jeito que não agrada a uma certa pessoa. (Com certeza meu jeito não agrada a muita gente, mas acontece que, surpreendentemente, eu me importo com o ser em questão). E hoje, logo hoje que eu estava menos chata, ela resolveu me tratar do mesmo jeito como eu a trato normalmente. Meu modo de agir sempre foi meio grosso, inconsequente, ácido. Totalmente o oposto do modo de agir dessa pessoa. E isso me surpreendeu, levar um "chute" daquele que sempre me tratou muito bem. Quando parei pra pensar o porquê de estar sendo tratada assim, acabei fazendo uma auto-análise que me deixou inquieta, pois percebi que ninguém menos que eu mesma havia atraído esse tipo de situação. Não quero dizer que sou uma pessoa insensível, embora às vezes pareça, nem incapaz de ser gentil, embora às vezes pareça, e muito menos incapaz de me dedicar a alguém, embora às vezes pareça. Apenas que minha maneira de mostrar meu carinho seja um pouco, diferente. E eu talvez, ao parecer fria ou distante, machuque alguém que esperava uma simples palavra de afeição. Se eu vou mudar? Tentarei. Ao menos com essa pessoa em especial, tentarei fazer de mim algo melhor. Ela vale o esforço.

(I wanna get away, to our sweet escape)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

o que é amar?

Calma, sem pretensões de definir aqui o que é o amor. Essa palavrinha de quatro letras que está na boca de tanta gente, mas que cada um entende de um jeito. Quero apenas explicar a seguinte afirmação: não, não te amo!

Pra começo de história, não sou uma pessoa explícita. Não é de mim dizer o que sinto, sou daquelas que um gesto vale mais que mil palavras. E pra mim, o que chamam de amor não é algo que vem fácil. Não sou adepta do esquema te-conheço-há-uma-semana-e-já-te-amo. Ainda bem! Se, como alguns dizem, o amor é o sentimento mais poderoso do mundo, ele não pode surgir de uma fagulha entre duas pessoas. No meu consentimento, amar envolve carinho, afeto, companheirismo, cuidado, dedicação, proteção. Talvez passasse a noite a dizer o que envolve "amor". Mas o ponto é: será que algo tão grande, tão bom e tão intenso, aparece tão de repente? Entenda-se que digo amor, e não encanto, nem paixão. Esses surgem do nada, e viram sua vida de pernas pro ar. Mas se os denomino "amor", teria que ter outra palavra pra identificar o sentimento que vem depois, e pra quê inventar outra palavra dentre as tantas que já temos? Deixa amor mesmo, e me deixa com essa convicção que só o tempo gera o amor.
Claro que isso tudo é besteira. Sentimentos e convicções cada um tem os seus! E se tento explicar um sentimento é porque não o sinto. Pois nenhuma palavra é capaz de abordar todas as sensações que habitam o ser. Pra quê falar sobre amar? O que eu sei sobre amor, afinal? Que tola!

sábado, 8 de maio de 2010

friends will be friends


Hoje, senti falta; mas de quê não sei bem. Falta das pessoas que me rodeavam, talvez. Falta de ouvir meu telefone tocando sem parar num sábado a noite, por mais fútil que isso possa parecer. Falta de tá sempre com muita gente, muita festa, muita história. Foi uma época muito boa da minha vida, muito boa. E também muito ruim. Ruim porque ao estar sempre cercado de gente que se diz sua amiga, você acaba esquecendo quem são seus amigos de verdade. Não aqueles amigos de balada, que lhe conhecem há cinco minutos e quando menos se espera já estão abraçados com você a dizer que te amam. O que eles amam, o que todos nessa situação amam, é a busca por diversão, por uma noitada daqueeelas, por umas risadas antes de deitar na cama e pensar: que vida boa! Mas espera ficar doente, ou estar com um problema: esses "amigos" costumam sumir. Já tive muitos amigos de balada, e acho que acabei confundindo as coisas. Dei um tempo dessa vida de emoções, e aí foram me dizer que eu envelheci. É, quem sabe. Talvez tenha envelhecido mesmo, virei uma velhota chata e ranzina. Perdi alguns laços que sabia que ia perder, outros que achei que iam durar, mas se mostraram muitos fracos para tanto. Sinto falta às vezes, confesso. Principalmente doente em casa quando todos estão se divertindo por aí. haha Mas talvez isso seja preciso se você estiver em busca de algo mais verdadeiro. Já me disseram que amigos de verdade são poucos. Não acreditava muito nessa máxima, não. Ao que parece, mudei de idéia.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

surpresas

Estranhas voltas que a vida dá, estranho tempo que insiste em me surpreender. Ando meio perdida, diria até um tanto confusa, nos devaneios doces de uma nova paixão; no brilho do seu olhar que me diz tanta coisa, algumas que eu ainda nem sei, mas já estão aí contigo, de uma certeza tão latente que chega a me assustar; um abraço que eu não quero que acabe nunca, pois parece que meu lugar sempre foi ali, na segurança de teus braços; e a hora da despedida, essa continua insistindo em chegar rápido demais, mostrando a insignificância das outras coisas que não passam de um resto sem você, uma mistura sem foco que antes até parecia fazer sentido. Talvez estejamos cegos com a empolgação do início, mas você me apareceu em um momento tão ruim, e virou meu mundo de cabeça pra baixo, sem nem pedir minha permissão. Que ousadia! E que felicidade...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

doce, doce ilusão.

Seja sincero. Quê?!? É, é isso mesmo. Seja sincero. Quando disser "conta comigo pra tudo", perceba as consequências: tudo é tudo. Não vá depois se eximir da responsabilidade de tentar ajudar ou simplesmente de está do lado da pessoa em alguma situação mais séria ou desagradável. Não chame de linda alguém que você ache uma baranga, por fora ou por dentro. Não olhe nos olhos para jogar palavras bonitas que nada significam de fato. Não dê um abraço pensando em soltar, nem sorria enquanto pensa "que abuso!". Não dê uma opinião que não reflita o que está na sua cabeça, nem prolongue uma conversa que você quer que acabe. Fale a verdade, mesmo que por brincadeira. As pessoas tendem a achar que por você estar rindo o conteúdo não é sério. Ha! Deixe que elas se iludam, você fez a sua parte. Se quiser ser agradável e não magoar ninguém: fique calado. Não fale algo que alguém quer ouvir só porque acha que assim ele ficará feliz. Se fizer isso, no fundo a pessoa saberá que não é verdade, e responderá com outra mentira. Assim todos poderão ser felizes. Bom pra você? Então tá. Tenha uma vida de pequenas farsas diárias. Mas por favor, nunca, eu disse nunca, nunca cuspa um "eu te amo" pra alguém que não acelere seu coração.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

maybe the happy ending is just moving on

"As garotas aprendem muito enquanto crescem. Se um cara esmurra você, ele gosta de você; nunca tente cortar sua própria franja; algum dia você vai conhecer um homem maravilhoso e ter o seu próprio final feliz.

Todos os filmes que vemos e todas histórias que ouvimos imploram para nós esperarmos por isso. A reviravolta no terceiro ato, a declaração de amor inesperada, a exceção á regra. Mas as vezes, focamos tanto em olhar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer; entre os que vão ficar e os que vão nos deixar.

E talvez esse final feliz não inclua um cara incrível. Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente." (do filme: ele não está tão a fim de você)


Engraçado lembrar dos contos de fadas que vemos quando crianças, já notou que todos acabam quando a mocinha encontra o príncipe encantado? (que sempre é lindo, corajoso, forte, perdidamente apaixonado e sem sal.) E aí você começa a pensar que tudo se resume a isso, a encontrar o homem certo e... pronto. Você fica imaginando quando seu príncipe encantado chegará (e se ele algum dia chegará) e morre de inveja daqueles casais bonitinhos que parecem ser tão perfeitos um para o outro. Mas aí é que tá o problema. O mais difícil não é você encontrar um carinha bonitinho e legal. O mais difícil é fazer funcionar o relacionamento, é aguentar todos os altos e baixos, perceber que seu príncipe não é tão encantado assim, e aceitar seus defeitos. Porque, ao contrário das princesas que todas um dia sonhamos que éramos nós, o nosso conto de fadas não acaba depois que você encontra o príncipe. Ele começa a partir daí. E talvez não seja o conto de fadas que esperávamos. Aliás, quase nunca é. Como um dia já cantaram: "Love is noise and love is pain, love is these blues that I'm singing again, again, again".

domingo, 18 de abril de 2010

?

Esmagado sob o peso de uma responsabilidade que surgiu não se sabe de onde, ser cobrado por coisas que vão além do seu alcance, nunca ser suficiente, nunca fazer as escolhas certas. Passar a maior parte do tempo querendo estar em outro lugar, ou querendo simplesmente não estar em lugar nenhum; sumir. ah! como seria bom poder simplesmente desaparecer por completo às vezes... Sentir como se tivesse andando em uma esteira rolante a vida inteira, onde você anda, anda, mas nunca sai do lugar. Tentar mudar o que sempre foi assim, e, infelizmente, continuará a ser. Problemas que se acumulam através dos anos sem que pareçam ter solução. E alguns momentos de alegria, de esquecimento, permeando esse desespero. Sempre esse ciclo, esse labirinto, esse turbilhão de sentimentos. Ah, então isso que é viver?

sábado, 17 de abril de 2010

Nunca, nunca!

Tu nunca saberás o quanto eu te quis. Nunca vais saber como eu me sentia segura em teus braços, nem o quanto eu adorava teu cheiro. Nunca, nunca, saberás dos momentos que me imaginei junto a ti, nem o quanto eu te fui verdadeira. Nunca saberás quão feliz eu sorria quando estava contigo, nem o quanto meu carinho por ti era sincero. Nunca saberás o quanto eu queria fazer dar certo, nem o quanto eu seria capaz de mudar pra te fazer feliz. Logo eu, que não mudei por ninguém. Você nunca saberá o quanto me machucou, nem a freqüência com que continuo pensando em você, em nós.
E caindo no clichê dos clichês, é isso que mais me dói: o nunca. Dói pensar nas palavras que nunca serão ditas, nos braços que pararam de oferecer aconchego, nos beijos que nunca serão dados, nos olhares que caíram no vazio, nos planos que nunca serão postos em prática, nas promessas feitas que não passarão disto, de promessas. Esse nunca. Ah! Minha pior ferida, como dói. Mas você nunca saberá.. Ou mesmo que soubesse, será que se importaria?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

e você, acredita?

Não sou religiosa, não frequento igreja, não tenho muita paciência com carolas. Mas certas coisas me fazem acreditar em algum poder maior agindo sobre nós. Explico.
Estava hoje voltando de uma aula quando passei perto da casa de uma amiga minha. Ia voltar direto pra casa, tomar um banho quente, vestir meu pijaminha e me enfiar debaixo das cobertas. Era tudo que eu queria, já que tô gripada e tudo em que eu penso é minha cama. Mas algum impulso fez com que eu ligasse pra essa amiga e desse uma passadinha rápida na casa dela. É ai que entra minha teoria desse poder misterioso que rege o mundo. Nem tinha reparado que dia era, mas acontece que fazia um ano que uma pessoa de sua família havia falecido. Embora não quisesse demonstrar como estava se sentindo, cinco minutos de conversa e ela já estava em prantos. Falou que estava exausta de tudo, e ter que passar por toda a dor de novo era horrível, que vinha se segurando a semana inteira pra não desabar. E agradeceu eu ter aparecido ali de pára-quedas, justamente na hora em que ela mais precisava.
Isso me fez pensar em quantas vezes algumas pessoas aparecem na nossa vida do nada, exatamente na hora certa, no momento oportuno. Estou falando daquele amigo que lhe liga só pra perguntar se você está bem, bem na hora que você queria alguém pra desabafar; ou daquela amiga que lhe arrasta pra fora de casa quando você achava que o melhor era ficar sozinha, mas depois você intimamente agradece por ter alguém que lhe distraia; ou mesmo do 'ex' que aparece logo depois de você ter acabado um relacionamento e a carência tá batendo em sua porta, e só de ver que existem outros homens no mundo você já se sente um pouquinho melhor.
Nunca parou pra pensar por que isso acontece? Pra mim, essas pessoas são espécies de anjos, mandados com um motivo claro: ajudar quando você precisa. Quem os mandou? Alguns chamam de Deus, outros de destino, os mais céticos dizem apenas "coincidência". Seja o que for, eu acredito. E digo de novo, eu acredito em anjos.

(Obrigada a todos os anjos que já passaram pela minha vida, em especial àqueles que continuam comigo, sempre e cada vez que eu preciso.)

terça-feira, 13 de abril de 2010

um dia a gente aprende..

"Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho muito dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também." (Fernanda Mello)

Para um certo alguém, alguém em que eu achei que podia acreditar e acreditei, mas não mais. Faço das palavras da Fernanda as minhas. Então, me deixa ser egoísta.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Do nome.

Onde eu fui amarrar meu jegue?


Pergunta que parece besta, mas, venhamos e convenhamos, resume boa parte da minha vida. Sabe aqueles momentos que você não tem idéia de como chegou ali, não entende nada que tá acontecendo, e obviamente não sabe como vai sair da situação que se meteu? E você fica imaginando, que merda eu tô fazendo aqui?!? Pois é. Bem-vindo.

Nem preciso ir muito longe pra exemplificar. Domingo à noite, véspera de prova na faculdade, nada sabia do assunto, e não tava dando pra bater aquele papo com o livro.. Que sensação inquietante, levantava, andava pra um lado e pra outro, parava, pensava nele, pensava no mundo, pensava: que saco ter ficado doente logo essa semana! Cansei. Peguei o celular e saí, acompanhada de um ex e um gay. Três perdidos sem destino, terminamos num barzinho qualquer, jogando conversa fora, falando de tudo e de nada. E ah!, que saudade dessas conversas.. Era tudo que eu precisava, um diálogo interessante, me sentir viva, me sentir eu. Tava cansada daquela conversinha de futilidade ou de cobrança, cansada desse mundinho sem graça de assuntos tantas vezes já falados. 11 hrs andando pelo meio da rua, e eu pensava: que que eu tô fazendo aqui? Comecei a semana de ressaca, ganhei um esporro clássico de pais, continuo doente, prefiro nem comentar da prova. Mas comecei a semana de forma autêntica, me sentindo mais eu do que me sentia há muito tempo. Dessa vez meu jegue até que se amarrou direitinho...

domingo, 11 de abril de 2010

Onde eu fui amarrar meu jegue?

Me faltava um começo. Decidi, então, começar pelo meio. Não ter começo. Por que, afinal, quem lembra do começo do começo? Começo então dizendo que nada de muito interessante tenho a dizer. Sou só eu. E isso basta. Será?

Mas quer saber? Eu quero é falar de mim. Quero ser mais eu. Quero me conhecr antes de conhecer qualquer pessoa, quero me amar mais do que amo os outros (e como amo!). E desisto de tentar me entender, porque isso, nem Freud conseguiria! Pois de loucos, todos temos um pouco, sem mais.