sexta-feira, 30 de abril de 2010

surpresas

Estranhas voltas que a vida dá, estranho tempo que insiste em me surpreender. Ando meio perdida, diria até um tanto confusa, nos devaneios doces de uma nova paixão; no brilho do seu olhar que me diz tanta coisa, algumas que eu ainda nem sei, mas já estão aí contigo, de uma certeza tão latente que chega a me assustar; um abraço que eu não quero que acabe nunca, pois parece que meu lugar sempre foi ali, na segurança de teus braços; e a hora da despedida, essa continua insistindo em chegar rápido demais, mostrando a insignificância das outras coisas que não passam de um resto sem você, uma mistura sem foco que antes até parecia fazer sentido. Talvez estejamos cegos com a empolgação do início, mas você me apareceu em um momento tão ruim, e virou meu mundo de cabeça pra baixo, sem nem pedir minha permissão. Que ousadia! E que felicidade...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

doce, doce ilusão.

Seja sincero. Quê?!? É, é isso mesmo. Seja sincero. Quando disser "conta comigo pra tudo", perceba as consequências: tudo é tudo. Não vá depois se eximir da responsabilidade de tentar ajudar ou simplesmente de está do lado da pessoa em alguma situação mais séria ou desagradável. Não chame de linda alguém que você ache uma baranga, por fora ou por dentro. Não olhe nos olhos para jogar palavras bonitas que nada significam de fato. Não dê um abraço pensando em soltar, nem sorria enquanto pensa "que abuso!". Não dê uma opinião que não reflita o que está na sua cabeça, nem prolongue uma conversa que você quer que acabe. Fale a verdade, mesmo que por brincadeira. As pessoas tendem a achar que por você estar rindo o conteúdo não é sério. Ha! Deixe que elas se iludam, você fez a sua parte. Se quiser ser agradável e não magoar ninguém: fique calado. Não fale algo que alguém quer ouvir só porque acha que assim ele ficará feliz. Se fizer isso, no fundo a pessoa saberá que não é verdade, e responderá com outra mentira. Assim todos poderão ser felizes. Bom pra você? Então tá. Tenha uma vida de pequenas farsas diárias. Mas por favor, nunca, eu disse nunca, nunca cuspa um "eu te amo" pra alguém que não acelere seu coração.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

maybe the happy ending is just moving on

"As garotas aprendem muito enquanto crescem. Se um cara esmurra você, ele gosta de você; nunca tente cortar sua própria franja; algum dia você vai conhecer um homem maravilhoso e ter o seu próprio final feliz.

Todos os filmes que vemos e todas histórias que ouvimos imploram para nós esperarmos por isso. A reviravolta no terceiro ato, a declaração de amor inesperada, a exceção á regra. Mas as vezes, focamos tanto em olhar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer; entre os que vão ficar e os que vão nos deixar.

E talvez esse final feliz não inclua um cara incrível. Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente." (do filme: ele não está tão a fim de você)


Engraçado lembrar dos contos de fadas que vemos quando crianças, já notou que todos acabam quando a mocinha encontra o príncipe encantado? (que sempre é lindo, corajoso, forte, perdidamente apaixonado e sem sal.) E aí você começa a pensar que tudo se resume a isso, a encontrar o homem certo e... pronto. Você fica imaginando quando seu príncipe encantado chegará (e se ele algum dia chegará) e morre de inveja daqueles casais bonitinhos que parecem ser tão perfeitos um para o outro. Mas aí é que tá o problema. O mais difícil não é você encontrar um carinha bonitinho e legal. O mais difícil é fazer funcionar o relacionamento, é aguentar todos os altos e baixos, perceber que seu príncipe não é tão encantado assim, e aceitar seus defeitos. Porque, ao contrário das princesas que todas um dia sonhamos que éramos nós, o nosso conto de fadas não acaba depois que você encontra o príncipe. Ele começa a partir daí. E talvez não seja o conto de fadas que esperávamos. Aliás, quase nunca é. Como um dia já cantaram: "Love is noise and love is pain, love is these blues that I'm singing again, again, again".

domingo, 18 de abril de 2010

?

Esmagado sob o peso de uma responsabilidade que surgiu não se sabe de onde, ser cobrado por coisas que vão além do seu alcance, nunca ser suficiente, nunca fazer as escolhas certas. Passar a maior parte do tempo querendo estar em outro lugar, ou querendo simplesmente não estar em lugar nenhum; sumir. ah! como seria bom poder simplesmente desaparecer por completo às vezes... Sentir como se tivesse andando em uma esteira rolante a vida inteira, onde você anda, anda, mas nunca sai do lugar. Tentar mudar o que sempre foi assim, e, infelizmente, continuará a ser. Problemas que se acumulam através dos anos sem que pareçam ter solução. E alguns momentos de alegria, de esquecimento, permeando esse desespero. Sempre esse ciclo, esse labirinto, esse turbilhão de sentimentos. Ah, então isso que é viver?

sábado, 17 de abril de 2010

Nunca, nunca!

Tu nunca saberás o quanto eu te quis. Nunca vais saber como eu me sentia segura em teus braços, nem o quanto eu adorava teu cheiro. Nunca, nunca, saberás dos momentos que me imaginei junto a ti, nem o quanto eu te fui verdadeira. Nunca saberás quão feliz eu sorria quando estava contigo, nem o quanto meu carinho por ti era sincero. Nunca saberás o quanto eu queria fazer dar certo, nem o quanto eu seria capaz de mudar pra te fazer feliz. Logo eu, que não mudei por ninguém. Você nunca saberá o quanto me machucou, nem a freqüência com que continuo pensando em você, em nós.
E caindo no clichê dos clichês, é isso que mais me dói: o nunca. Dói pensar nas palavras que nunca serão ditas, nos braços que pararam de oferecer aconchego, nos beijos que nunca serão dados, nos olhares que caíram no vazio, nos planos que nunca serão postos em prática, nas promessas feitas que não passarão disto, de promessas. Esse nunca. Ah! Minha pior ferida, como dói. Mas você nunca saberá.. Ou mesmo que soubesse, será que se importaria?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

e você, acredita?

Não sou religiosa, não frequento igreja, não tenho muita paciência com carolas. Mas certas coisas me fazem acreditar em algum poder maior agindo sobre nós. Explico.
Estava hoje voltando de uma aula quando passei perto da casa de uma amiga minha. Ia voltar direto pra casa, tomar um banho quente, vestir meu pijaminha e me enfiar debaixo das cobertas. Era tudo que eu queria, já que tô gripada e tudo em que eu penso é minha cama. Mas algum impulso fez com que eu ligasse pra essa amiga e desse uma passadinha rápida na casa dela. É ai que entra minha teoria desse poder misterioso que rege o mundo. Nem tinha reparado que dia era, mas acontece que fazia um ano que uma pessoa de sua família havia falecido. Embora não quisesse demonstrar como estava se sentindo, cinco minutos de conversa e ela já estava em prantos. Falou que estava exausta de tudo, e ter que passar por toda a dor de novo era horrível, que vinha se segurando a semana inteira pra não desabar. E agradeceu eu ter aparecido ali de pára-quedas, justamente na hora em que ela mais precisava.
Isso me fez pensar em quantas vezes algumas pessoas aparecem na nossa vida do nada, exatamente na hora certa, no momento oportuno. Estou falando daquele amigo que lhe liga só pra perguntar se você está bem, bem na hora que você queria alguém pra desabafar; ou daquela amiga que lhe arrasta pra fora de casa quando você achava que o melhor era ficar sozinha, mas depois você intimamente agradece por ter alguém que lhe distraia; ou mesmo do 'ex' que aparece logo depois de você ter acabado um relacionamento e a carência tá batendo em sua porta, e só de ver que existem outros homens no mundo você já se sente um pouquinho melhor.
Nunca parou pra pensar por que isso acontece? Pra mim, essas pessoas são espécies de anjos, mandados com um motivo claro: ajudar quando você precisa. Quem os mandou? Alguns chamam de Deus, outros de destino, os mais céticos dizem apenas "coincidência". Seja o que for, eu acredito. E digo de novo, eu acredito em anjos.

(Obrigada a todos os anjos que já passaram pela minha vida, em especial àqueles que continuam comigo, sempre e cada vez que eu preciso.)

terça-feira, 13 de abril de 2010

um dia a gente aprende..

"Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho muito dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também." (Fernanda Mello)

Para um certo alguém, alguém em que eu achei que podia acreditar e acreditei, mas não mais. Faço das palavras da Fernanda as minhas. Então, me deixa ser egoísta.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Do nome.

Onde eu fui amarrar meu jegue?


Pergunta que parece besta, mas, venhamos e convenhamos, resume boa parte da minha vida. Sabe aqueles momentos que você não tem idéia de como chegou ali, não entende nada que tá acontecendo, e obviamente não sabe como vai sair da situação que se meteu? E você fica imaginando, que merda eu tô fazendo aqui?!? Pois é. Bem-vindo.

Nem preciso ir muito longe pra exemplificar. Domingo à noite, véspera de prova na faculdade, nada sabia do assunto, e não tava dando pra bater aquele papo com o livro.. Que sensação inquietante, levantava, andava pra um lado e pra outro, parava, pensava nele, pensava no mundo, pensava: que saco ter ficado doente logo essa semana! Cansei. Peguei o celular e saí, acompanhada de um ex e um gay. Três perdidos sem destino, terminamos num barzinho qualquer, jogando conversa fora, falando de tudo e de nada. E ah!, que saudade dessas conversas.. Era tudo que eu precisava, um diálogo interessante, me sentir viva, me sentir eu. Tava cansada daquela conversinha de futilidade ou de cobrança, cansada desse mundinho sem graça de assuntos tantas vezes já falados. 11 hrs andando pelo meio da rua, e eu pensava: que que eu tô fazendo aqui? Comecei a semana de ressaca, ganhei um esporro clássico de pais, continuo doente, prefiro nem comentar da prova. Mas comecei a semana de forma autêntica, me sentindo mais eu do que me sentia há muito tempo. Dessa vez meu jegue até que se amarrou direitinho...

domingo, 11 de abril de 2010

Onde eu fui amarrar meu jegue?

Me faltava um começo. Decidi, então, começar pelo meio. Não ter começo. Por que, afinal, quem lembra do começo do começo? Começo então dizendo que nada de muito interessante tenho a dizer. Sou só eu. E isso basta. Será?

Mas quer saber? Eu quero é falar de mim. Quero ser mais eu. Quero me conhecr antes de conhecer qualquer pessoa, quero me amar mais do que amo os outros (e como amo!). E desisto de tentar me entender, porque isso, nem Freud conseguiria! Pois de loucos, todos temos um pouco, sem mais.