terça-feira, 25 de maio de 2010

"eu te amo"

Saiba que ao dizer isso você deve me amar por completo, sem deixar de lado nenhuma brechinha do meu ser. Tem que me amar quando eu estiver chata, azeda e ranzina ou toda desarrumada. Me amar antes de eu pedir desculpas por ter sido grossa sem querer. Me amar quando eu fizer você passar vergonha na fila do cinema ou quando falar alto demais e ferir as regras da etiqueta. Me amar mesmo quando eu comentar que aquela sua música preferida não me agrada e te mostrar a minha música preferida, que você vai detestar. Deve me amar até quando eu estiver de tpm e quiser ficar sozinha por um tempo, mesmo lhe querendo sempre comigo. Me amar a ponto de saber a hora de ser amigo e dar conselho, mas também a hora de simplesmente rir das besteiras que eu com certeza irei fazer. Tem de dizer que estará ao meu lado pra tudo, selando essa promessa com aquele abraço acolhedor que parece um pedacinho da eternidade. Me amar tanto que entenderá que às vezes eu não vou corresponder às suas expectativas, e esse meu “não” que você tanto odeia não significa má vontade, e sim impossibilidade de fato, e que quase nunca as coisas acontecem como você planejou. É bom entender que às vezes me dar um presente, mesmo uma simples flor, ou pagar a conta do restaurante não é questão de dinheiro, e sim de cortesia e sensibilidade. Saber que por mais diferente que eu seja da minha família, continuo sendo parte dela, e isso nunca mudará. Me amar implica se preocupar se o meu silêncio é cansaço ou tristeza, e se quando eu digo “não estou chateada com você” estou sendo sincera ou querendo apenas evitar uma briga. Me amar enquanto discutimos para depois fazermos as pazes, porque as brigas vez ou outra vão bater na nossa porta, mas que nunca sejam com o intuito fazer o outro sofrer. Me amar principalmente quando eu chorar, independente do motivo, pois é nesse momento que eu mais preciso que alguém me ame de verdade...




Você me ama? Ou será que ama somente a imagem que tem de mim?

domingo, 23 de maio de 2010

"Great minds discuss ideas; Average minds discuss events; Small minds discuss people"

Repito o que um dia disse Eleanor Roosevelt. Estamos certados por mentes tão minúsculas que isso se tornou absolutamente comum. Tornou-se hábito discutir a vida da atriz da novela das oito (eca!), ou o que fulaninha fez no final de semana, ou (minha nossa!) aquele casal estava quase fazendo sexo em público, você viu? São raras as conversas onde se pode falar sobre ideias, ideais, então, quem ainda os tem? Eu mesmo careço de um. Admito, me acostumei ao vazio do dia-a-dia, às decepções do cotidiano, à fome, à miséria, à violência, à essa vida de merda que levamos. Me dizem que nossa geração é conformada. Pois sim! Vimos tudo muito cedo, sem de fato entender nada. Os menos alienados podem até falar um pouco de cada assunto, mas precisamos saber tão pouquinho de cada coisa, que ficamos limitados à superficialidade da pseudo-sabedoria. E tá tudo certo. Nossa filosofia de vida é cartão de crédito e coca-cola. Nossos heróis são os vagabundos do colégio, os espertos, os que sobem na vida atropelando tudo e todos, os que “contornam” as regras; os bonzinhos, coitados, quem os admira? Afinal eles são sempre passados pra trás, não é mesmo? Confundimos inteligência com jogo de cintura, e desprezamos os que ousam ultrapassar essa conversinha besta de todo dia e se interessar por algo um pouco mais. É nossa culpa? Isso eu não posso responder, seria parcial. Volto então à normalidade. E então, alguém viu o último capítulo da novela?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Help!

Help, I need somebody! HELP!

Eu prometo, prometo que vou me tornar responsável e estudar. PROMETO.

Como esses nerds conseguem sempre saber do assunto, afinal? Tem tanta coisa pra se viver, tantas pessoas, tão pouco tempo... Tão pouco tempo!

(postado às 02:15 na vespéra de uma prova cujo assunto se resumia a 20 míseros capítulos)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

wouldn't that be sweet?

"If I could escape...
I would, but first of all let me say: I must apologize for acting, stinking, treating you this way.
If I could be sweet...
I know I've been a real bad girl, I didn't mean for you to get hurt, so ever, we can make it better.

Tell me boy, Now wouldn't that be sweet?"

Redescobri essa música um dia desses, e ela me parece tão apropriada agora..
Talvez nunca tivesse apreciado tanto a máxima de 'você colhe o que você planta' quanto nesse momento. Explico. Hoje, me dei conta que tenho agido de um jeito que não agrada a uma certa pessoa. (Com certeza meu jeito não agrada a muita gente, mas acontece que, surpreendentemente, eu me importo com o ser em questão). E hoje, logo hoje que eu estava menos chata, ela resolveu me tratar do mesmo jeito como eu a trato normalmente. Meu modo de agir sempre foi meio grosso, inconsequente, ácido. Totalmente o oposto do modo de agir dessa pessoa. E isso me surpreendeu, levar um "chute" daquele que sempre me tratou muito bem. Quando parei pra pensar o porquê de estar sendo tratada assim, acabei fazendo uma auto-análise que me deixou inquieta, pois percebi que ninguém menos que eu mesma havia atraído esse tipo de situação. Não quero dizer que sou uma pessoa insensível, embora às vezes pareça, nem incapaz de ser gentil, embora às vezes pareça, e muito menos incapaz de me dedicar a alguém, embora às vezes pareça. Apenas que minha maneira de mostrar meu carinho seja um pouco, diferente. E eu talvez, ao parecer fria ou distante, machuque alguém que esperava uma simples palavra de afeição. Se eu vou mudar? Tentarei. Ao menos com essa pessoa em especial, tentarei fazer de mim algo melhor. Ela vale o esforço.

(I wanna get away, to our sweet escape)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

o que é amar?

Calma, sem pretensões de definir aqui o que é o amor. Essa palavrinha de quatro letras que está na boca de tanta gente, mas que cada um entende de um jeito. Quero apenas explicar a seguinte afirmação: não, não te amo!

Pra começo de história, não sou uma pessoa explícita. Não é de mim dizer o que sinto, sou daquelas que um gesto vale mais que mil palavras. E pra mim, o que chamam de amor não é algo que vem fácil. Não sou adepta do esquema te-conheço-há-uma-semana-e-já-te-amo. Ainda bem! Se, como alguns dizem, o amor é o sentimento mais poderoso do mundo, ele não pode surgir de uma fagulha entre duas pessoas. No meu consentimento, amar envolve carinho, afeto, companheirismo, cuidado, dedicação, proteção. Talvez passasse a noite a dizer o que envolve "amor". Mas o ponto é: será que algo tão grande, tão bom e tão intenso, aparece tão de repente? Entenda-se que digo amor, e não encanto, nem paixão. Esses surgem do nada, e viram sua vida de pernas pro ar. Mas se os denomino "amor", teria que ter outra palavra pra identificar o sentimento que vem depois, e pra quê inventar outra palavra dentre as tantas que já temos? Deixa amor mesmo, e me deixa com essa convicção que só o tempo gera o amor.
Claro que isso tudo é besteira. Sentimentos e convicções cada um tem os seus! E se tento explicar um sentimento é porque não o sinto. Pois nenhuma palavra é capaz de abordar todas as sensações que habitam o ser. Pra quê falar sobre amar? O que eu sei sobre amor, afinal? Que tola!

sábado, 8 de maio de 2010

friends will be friends


Hoje, senti falta; mas de quê não sei bem. Falta das pessoas que me rodeavam, talvez. Falta de ouvir meu telefone tocando sem parar num sábado a noite, por mais fútil que isso possa parecer. Falta de tá sempre com muita gente, muita festa, muita história. Foi uma época muito boa da minha vida, muito boa. E também muito ruim. Ruim porque ao estar sempre cercado de gente que se diz sua amiga, você acaba esquecendo quem são seus amigos de verdade. Não aqueles amigos de balada, que lhe conhecem há cinco minutos e quando menos se espera já estão abraçados com você a dizer que te amam. O que eles amam, o que todos nessa situação amam, é a busca por diversão, por uma noitada daqueeelas, por umas risadas antes de deitar na cama e pensar: que vida boa! Mas espera ficar doente, ou estar com um problema: esses "amigos" costumam sumir. Já tive muitos amigos de balada, e acho que acabei confundindo as coisas. Dei um tempo dessa vida de emoções, e aí foram me dizer que eu envelheci. É, quem sabe. Talvez tenha envelhecido mesmo, virei uma velhota chata e ranzina. Perdi alguns laços que sabia que ia perder, outros que achei que iam durar, mas se mostraram muitos fracos para tanto. Sinto falta às vezes, confesso. Principalmente doente em casa quando todos estão se divertindo por aí. haha Mas talvez isso seja preciso se você estiver em busca de algo mais verdadeiro. Já me disseram que amigos de verdade são poucos. Não acreditava muito nessa máxima, não. Ao que parece, mudei de idéia.