sexta-feira, 25 de março de 2011

E

essa angústia, que eu não sei de onde vem?

segunda-feira, 21 de março de 2011

don't you even care?




É tsunami no Japão, cheia no Mato Grosso, violência no Rio. É fome na África, assalto ali na esquina, violência dentro de casa. É traição de namorado, é deslealdade de irmão, esquecimento de amigo. É não se importar com o outro, não se preocupar com as consequências, não dar bom dia, não oferecer um sorriso sem nada em troca. É não lembrar de ligar para perguntar como as coisas vão, é não dar a sua atenção não-dividida, completa, a um amigo. É não escutar os problemas dos outros, é não separar alguns minutos do seu dia para ficar em paz consigo mesmo. É não mudar de canal durante o 'bbb', não deixar a vida virtual tomar mais espaço que a real, é não agradecer a boa-vontade de alguém. É não ter boa vontade. É não cumprir as promessas, não se doar. É esquecer que momentos são mais importantes que bens materiais e que dinheiro serve para isso mesmo, para gastar. É julgar sem conhecer, olhar de esguelha porque aquele ali é diferente. É não se importar com a desgraça do Japão a seca do Sertão a violência do Rio a violência da nossa rua a escassez do que não pode faltar e o desperdício de tudo que a gente tem. É não amar, é nem perceber que não amamos. É tanta tragédia que eu nem sei pelo quê chorar...

domingo, 13 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

attetion, tu pourrais te blesser.

Devia ter isso escrito na testa de cada pessoa que passasse por nós. Atenção! Você pode se machucar!! E deviam tocar sirenes e luzes se acenderem a toda hora: cuidado, cuidado! Por que sempre é o que acontece, não? O gostar é diretamente proporcional ao sofrer. Só questão de tempo, mas quanto mais você gostar de alguém, mais vai sofrer. Usamos as pessoas como substitutas: da solidão, do tédio, da carência, de outras pessoas, do tédio e carência de outras pessoas. Antigamente isso até funcionava. Casamento era até que a morte os separe, ao homem era permitido trair e às mulheres cabia aceitar. Bom ou ruim? Sei lá. Sei que hoje continuam dizendo nos casamentos "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe" e blablabla. Os homens continuam traindo e a diferença simplesmente é que agora as mulheres não devem aceitar (isso seria uma traição com a raça feminina, imagine). Aliás, ninguém é obrigado a aceitar nada, a cumprir nenhuma promessa. É tudo muito zen, muito livre, muito bom. Sabe o que eu acho que mudou? Nesse mundo rápido, confuso e sem rumo temos tanto medo de ser devorados pelo tempo que queremos viver tudo de uma vez só. Então nos acostumamos a olhar para nossa barriga e dizer que temos os maiores problemas de todos, que nossa situação é a pior, que meu dia foi mais que péssimo e que os erros dos outros são os piores. Somos a geração mais egoísta de todas. Calma aí. Egoísta, eu? Sou sim, e você?
Então fica o aviso: attetion, tu pourrais te blesser.

Pena que nós precisemos tanto de companhia que acabamos atados numa rede grudenta de relacionamentos caóticos...