quinta-feira, 10 de março de 2011

attetion, tu pourrais te blesser.

Devia ter isso escrito na testa de cada pessoa que passasse por nós. Atenção! Você pode se machucar!! E deviam tocar sirenes e luzes se acenderem a toda hora: cuidado, cuidado! Por que sempre é o que acontece, não? O gostar é diretamente proporcional ao sofrer. Só questão de tempo, mas quanto mais você gostar de alguém, mais vai sofrer. Usamos as pessoas como substitutas: da solidão, do tédio, da carência, de outras pessoas, do tédio e carência de outras pessoas. Antigamente isso até funcionava. Casamento era até que a morte os separe, ao homem era permitido trair e às mulheres cabia aceitar. Bom ou ruim? Sei lá. Sei que hoje continuam dizendo nos casamentos "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe" e blablabla. Os homens continuam traindo e a diferença simplesmente é que agora as mulheres não devem aceitar (isso seria uma traição com a raça feminina, imagine). Aliás, ninguém é obrigado a aceitar nada, a cumprir nenhuma promessa. É tudo muito zen, muito livre, muito bom. Sabe o que eu acho que mudou? Nesse mundo rápido, confuso e sem rumo temos tanto medo de ser devorados pelo tempo que queremos viver tudo de uma vez só. Então nos acostumamos a olhar para nossa barriga e dizer que temos os maiores problemas de todos, que nossa situação é a pior, que meu dia foi mais que péssimo e que os erros dos outros são os piores. Somos a geração mais egoísta de todas. Calma aí. Egoísta, eu? Sou sim, e você?
Então fica o aviso: attetion, tu pourrais te blesser.

Pena que nós precisemos tanto de companhia que acabamos atados numa rede grudenta de relacionamentos caóticos...

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